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Anonimato Vigiado


Olhos atentos, vigias eletrônicos, movimentos calculados. Olhe ao seu redor. Não se pode negar: todos estamos sob o olhar de alguém, sob o julgamento de alguém. Desde a hora que levantamos da cama e saímos na rua, inconscientemente agimos de modo que não seja ofensivo para nossa própria imagem e para não ferir as boas morais da sociedade.

Em um de seus livros - “Vigiar e Punir” - o filósofo Michel Foucault analisa por etapas os métodos para se punir um indivíduo. Em uma das quatro partes que dividem o tema, Foucault enfatiza a vigilância por meio de um Panóptico – que é um tipo de construção de torre em forma anelar que viabiliza a vigilância de todos os encarcerados em uma prisão, ao mesmo tempo.

Nós, dentro do nosso convívio, também somos observados pelo Panóptico da sociedade. Não é preciso ir muito longe para entender. Quando estamos sozinhos em casa e protegidos pelas paredes, fazemos o que temos vontade de fazer sem utilizar o filtro de auto-censura. Ao nos expormos ao julgamento de outro indivíduo, tendemos a ligar o botão do auto-policiamento: Não andamos a vontade em casa, nos preocupamos com a limpeza da mesma correndo o risco de sermos rotulados de “porcos”, renunciamos do nosso bem-estar em nome da opinião alheia.

Este panoptismo, hoje, não se restringe somente ao nosso circulo social próximo como no exemplo citado. Nossa exposição aos olhares alheios e desconhecidos é maior, talvez pelo advento das novas tecnologias em conjunto com a grande necessidade humana de ser um ser social. Todos seus conhecidos, ou a maioria deles, já se renderam às maravilhas das redes sociais e, diariamente, mais e mais. Colocamos nossas fotografias das férias passadas, ou de nossos entes queridos muitas vezes sem ter a real noção de que milhões e milhões de pessoas têm acesso à ela e podem – de certo modo – invadir a sua privacidade.

Em maio deste ano, o jornalista Felipe Milanez (editor da revista National Geografic) foi demitido de seu cargo por ter emitido no microblog Twitter sua opinião não muito amigável por uma publicação da mesma editora que até então trabalhava. Como já sabemos desde que nossas mães nos falavam ou quando aprendemos nas aulas de Física, “toda ação gera reação”. Talvez se o jornalista tivesse exposto suas opiniões somente entre uma roda de amigos, nada tivesse acontecido (e realmente, nada aconteceria). Ao escolher dividir isso com o mundo, não se percebeu que nossos pensamentos também são julgados, como julgamos o do próximo. Pensamentos contrários ao seu meio corporativo provavelmente piora a equação.

Esta eterna vigilância sobre o que pensamos, o que fazemos e se estamos fazendo de acordo com as morais da sociedade é um modo historicamente empregado para que andemos na linha. Não dirigimos tranquilos e livres, pois temos além de leis de trânsito, câmeras e radares em cada avenida e sabemos que, se excedermos a velocidade, um flash será disparado e podemos, assim, aguardar uma carta com a foto da placa do carro. Sabemos que é no foco de muitos flashes de paparazzis que muitos artistas ficam loucos ou acabam com a própria vida. Exemplos mil.



Vigiar, punir, são termos ligados quase que completamente. Não se pode safar um criminoso, assim como não se pode safar um operário do jornalismo com pensamento crítico. Cedo ou tarde, iremos arcar com as responsabilidades das coisas que praticamos agora. E a tendência é que cada vez mais a nossa preocupação com o que podemos – ou não – fazer invada nossas casas e os lugares seguros que buscamos para respirar por cinco minutos.

E o que seremos nós anônimos quando, um belo dia, não podermos ter nossa privacidade de cada dia? Robôs? Eternos participantes de um enorme BigBrother? Ou as duas alternativas valem a resposta? Diga: Xis.


(por Letícia Cruz)
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Lentes Indiscretas - Esporte



O tema desta edição foi o esporte. Conhecemos o lado da imprensa que mostram nas revistas. E por trás das câmeras, como é este ângulo?
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Famosos sem Rosto


Ser famoso sem mostrar o rosto, ser conhecido apenas por causa da voz, essa é a rotina dos locutores de rádio. Presos dentro de um estúdio, estes profissionais usam de muita técnica para passar a notícia ao ouvinte.

Como lidar com essa fama? Um desafio que não é tão simples assim. Alguns locutores adoram este anonimato, já outros gostariam de serem reconhecidos nas ruas. Donizete Vieira Pereira, 31, que usa o nome artístico de Doni Vieira, das rádios Nativa FM, 105, Alpha e do canal Band Sports sempre sonhou com o estrelato, “eu gostaria de ser famoso, seria muito gratificante ser reconhecido nas ruas”. Doni Vieira também lembra de um caso engraçado, “fui ser jurado em um concurso para duplas sertanejas, como ninguém conhecia meu rosto fiquei tranquilo. Dei algumas notas baixas e quando perceberam que eu era o locutor da rádio tentaram me agredir. Hoje essa dupla é sucesso em todo Brasil, mas não me arrependo, na época eles cantavam mal mesmo”.

Outro tipo de locução que chama a atenção e cria uma legião de fãs, é a esportiva. O público gosta de imaginar como é aquele sujeito que traz toda a emoção do futebol para dentro do rádio.

Pelo lado do ouvinte, o locutor de rádio é uma espécie de ídolo, e claro, cada pessoa cria em sua imaginação o rosto de quem está falando. A analista de comunicação Gláucia Santiago, 24, é uma fã alucinada, como ela mesma diz, por rádio, e sempre gostou de imaginar os donos das vozes. “Eu cresci ouvindo rádio, e sempre amei as transmissões esportivas. Tinha muita vontade de conhecer esses profissionais que sempre me fizeram sonhar. Pra mim, o locutor de rádio é um ídolo, um astro”. Gláucia considera esses locutores um amigo, “eles fazem parte da minha vida, são como pessoas próximas”.

Ser famoso no rádio não é privilegio dos homens, as locutoras também fazem grande sucesso. Uma voz aveludada e até mesmo sensual faz a imaginação de quem está ouvindo ir longe. A apresentadora Cláudia Martthins, 43, que já passou por rádios como a extinta Cidade e Band FM, hoje faz sucesso na Ótima FM, da cidade de Pindamonhangaba, “muitos ouvintes pensam que sou loira e de olhos azuis, é até engraçado quando alguém me conhece, fica um clima no ar, pois sou morena e de cabelo cacheado”.

Magaly Prado, doutora em estudos pós-graduados em comunicação da PUC e professora universitária de rádio, é contra esta paixão das pessoas e qualquer outro tipo manifestação dos fãs, “eu acho uma bobagem qualquer tipo de fanatismo, o interessante é admirar alguém, gostar do trabalho. O locutor não faz nada de especial, o ouvinte que cria essa imagem de ídolo. Eles são pessoas carentes, e transferem todo amor que não tem para os ídolos”.



(por Márcio Torvano)
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Receita para a Fama


O que um anônimo precisa para virar celebridade:

- Ser malhado, bonito, bronzeado e fazer a linha saúde
- Posar para ensaios sensuais
- Ter assessoria de imprensa
- Ser atual ou ex de celebridades
- Topar qualquer convite, mesmo que seja para programas aos quais ninguém assiste
- Ter um projeto de programa de TV debaixo do braço









Pelejando
O comportamento-padrão dos que lutam pela fama
- Aceitam qualquer convite para estar na TV, não importam o canal nem a atração
- Vestem-se, de graça, com roupas espalhafatosas e sensuais
- Ainda não definiram o que pretendem ser. Por enquanto querem ser artistas
- Não recebem convites para festas vips
- Não são reconhecidos pelo público
- Já trabalharam como assistente de palco de programas populares


Quase-estrelas
O que fazem aqueles que já conquistaram alguma fama
- Estão sempre de estúdio em estúdio, mas já não perdem tempo em programas sem audiência
- Sempre se negam a falar da vida pessoal, mas todo mundo acaba sabendo com quem estão saindo
- Não perdem uma festa ou coquetel e já ganham cachê para enfeitar inaugurações e eventos
- Estão com vários projetos engatilhados e pretendem lançar produtos com sua marca
- Tratam os apresentadores com grande intimidade

Estrelas
Eles são talentosos e garantem audiência e prestígio
- Só aparecem em programas de TV quando estão divulgando um novo filme, disco ou peça de teatro
- Escolhem onde, quando e para quem dar entrevistas
- São reservados e não costumam badalar na noite
- Jamais falam da vida pessoal
- Têm uma equipe de assessores, empresários e consultores
- Preservam a imagem e escolhem com cuidado o próximo trabalho
- Adoram Jô Soares
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Desmitificando o Famoso

Atualmente, duas razões justificam o comportamento de pessoas comuns buscarem a fama para se tornarem celebridades: a necessidade de ser amado e um caminho mais fácil de ganhar dinheiro. Além disto, elas demonstram que precsisam ser veneradas vinte e quatro horas, é o que revela Sandra de Araújo Maia, graduada em Psicologia pela PUC-SP/FMU, especialista em Psicoterapia Psicanalítica.

Ficamos sabendo que Luciana Gimenez foi a rainha de bateria, já ouvimos falar em Preta Gil, e mal saem de cena os famosos reluzentes dos camarotes, trombamos com pares românticos do Big Brother em sites, jornais e revistas.

O jornalista Sergio Augusto, ao ver atores globais numa Bienal do Livro escreveu em Assim Rasteja a Humanidade, um dos textos reunidos no livro Penas do Ofício: “No antigo Egito, havia pragas terríveis, como ratos e gafanhotos; nós temos as celebridades televisivas. Convidadas, indistintamente, para tudo, até para eventos onde em princípio deveriam se sentir mais deslocadas do que um vegetariano numa churrascaria ou o papa num bacanal, não perdem uma boca-livre, são pragas onipresentes”.

A sociedade do espetáculo é a da visibilidade total. Em decorrência do vazio espiritual da sociedade contemporânea, coisas sem nenhuma relevância tomam um espaço enorme. O que é a fama? Na verdade, é a infâmia, ao tratar da “escalada da insignificância”, aponta a filósofa Olgária Matos, da Universidade de São Paulo, também se viu às voltas com esse gênero humano ao selecionar os ensaios que comporiam Discretas Esperanças.

As celebridades, como as entendemos hoje, surgiram no apogeu de Hollywood, nos Estados Unidos, quando alguns atores e atrizes do cinema passaram a se destacar nos filmes, e criaram uma “aura” independente. Até surgir a chamada cultura pop, havia, para além do heroísmo, as figuras ilustres, sempre ligadas a alguma atividade, era o grande político, o grande intelectual, o grande artista. Ainda se tinha a idéia do diferencial, cuja falta implicaria em um mundo incompleto.

A partir desta idéia se torna simples imaginar, portanto, o que seria da Terra sem Monique Evans, Adriane Galisteu e Kleber Bambam (ex-Big Brother), entre tantos. Estas pessoas que emergem por alguns segundos não permanecem, e o problema desta banalização é que tudo acaba se equivalendo, você não tem mais critério, diz Matos. A fama é como uma droga que causa euforia, bem-estar, instantaneidade de reconhecimento a tornar a pessoa viciada, acreditando que resolverá todos os problemas da vida dela. Esta condição a deixa com um poder a ponto de inibriá-la, em êxtase quase surreal. Relatos de pessoas próximas às celebridades instantâneas confirmam algumas sofrerem depressão e crise de abstinência pós-fama, em razão do efeito intoxicante.

Para a psicóloga Yara Malki, graduada em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), a fama não é uma busca solitária. O fato de se querer ser famoso significa buscar a condição de ‘importante’ para as demais pessoas, afinal de contas não existe famoso solitário. A busca contínua do reconhecimento e da admiração dos outros, considerando que vivemos em um meio social impulsionado pelas novas plataformas de tecnologia de comunicação, facilita este processo.

O desejo de sair do anonimato, mesmo que por razões nem tão dignas, explica a sujeição à cenas vergonhosas em reality shows como Big Brother ou, ainda mais, no extinto No Limite, onde se misturavam a busca pela fama com a recompensa material. O grande ideal do mundo contemporâneo é uma palavra de ordem vazia: ganhar dinheiro. As recém-celebridades almejam satisfação psicológica suficiente para serem admiradas, amadas, cortejadas, e incluídas no grupo seleto do glamour, ou seja, “a garantia de serem aceitas e consequentemente ter acesso à situações exclusivas”, acrescenta Sandra Maia.

Episódio ocorrido recentemente, envolvendo universitária hostilizada e ofendida por certo número de estudantes, por ter ido à faculdade usando minivestido, pode servir de exemplo de como ocorre a transformação de uma pessoa comum em uma celebridade. Antes Geisy Arruda frequentava regularmente o curso de Turismo em uma faculdade paulistana entre milhares de estudantes. O caso gerou repercussão nos meios de comunicação, causou a expulsão dela da instituição de ensino, e logo em seguida, a readmissão.

“O caso de Geisy Arruda mostra o quão importante é o papel das mídias eletrônicas nos dias de hoje e o que elas podem refletir no trabalho de outras grandes mídias. Até certo ponto, o vídeo seria muito bem visualizado na internet – e apenas isso. Mas como todos nós vimos, virou pauta jornalística em centenas de veículos, como o Estadão, a TV Globo e o popular Super Pop, da Rede TV, além dos veículos de projeção internacional, como é o caso do New York Times”, esclarece o jornalista Hans Misfeldt, colunista do site Observatório de Imprensa (www.observatóriodeimprensa.com.br) quanto as consequências do fato envolvendo a jovem estudante.

Os dividendos pessoais à Geizy, pós-acontecimento, foram bastante consideráveis e significativos: cogitada para participar da terceira edição do reality show A Fazenda, pela rede Record; modelo de lingerie; participação em diversos programas vespertinos de televisão; foco central de reportagem na CNN; nome veiculado nos principais meios de comunicação nacionais: rádio, televisão, impresso e internet; destaque em escola de samba do carnaval de São Paulo; presenteada com uma cirurgia plástica no valor de R$ 32.000,00 por simpatizantes; assediada por revistas masculinas; estrela do videoclipe "Regininha", da banda de pagode Inimigos da HP; capa da revista Plástica & Beleza – Edição Especial; mudou o cabelo, clareou os dentes, fez bronzeamento artificial, implantou silicone nos seios, e submeteu-se à lipoescultura; lançou a própria coleção de vestidos.


Sandra Maia aponta que a busca pela fama é incentivada pelo sistema social em que estamos inseridos no qual as pessoas valorizem os famosos, quando milhares votam no paredão do Big Brother, acessam o Youtube, compram a revista Caras em razão de elas serem aficcionadas e se sentirem, de alguma forma, inseridas no mundo encantado das celebridades.

No plano social não vejo muita saída. No plano individual a pessoa tem que buscar um caminho para a autoestima que não dependa tanto do reconhecimento alheio, porque fatalmente ela se ‘estoura’, complementa sobre eventual caminho para se evitar este comportamento.
Nem todas as emergentes ao estrelato possuem a estrutura psicológica compatível com a alteração de vida, considerando que uma ascensão vertiginosa como as dos Ronaldos, Maradonas, BBBs, mulheres-fruta etc tem se mostrado nociva à vida pessoal dessas pessoas, que após o período de ‘serventia’ são sumariamente descartadas. Por outro lado existem os Pelés, as Juliana Paes que conseguem capitalizar o momento de glória e o transforma em algo duradouro e consistente, aponta Malki.

Quem poderia estar devidamente estruturado para, repentinamente, suportar fama, reconhecimento, dinheiro, infindáveis bajuladores e tantas outras facilidades? Até pessoas equilibradas sofreriam abalo diante destas circunstâncias capazes de modificar por completo a vida de alguém. Bem verdade que aquelas mais frágeis emocionalmente, dependentes, imaturas têm maior dificuldade em administrar a nova situação.

As recomendações para se evitar o deslumbramento excessivo a ponto de se perder o controle da situação, são conhecidas, porém ignoradas muitas vezes pelas celebridades repentinas, apontam os especialistas, como a de integrar uma família estruturada, manter vínculos afetivos profundos com entes queridos, conviver com pessoas que possam orientar em primeiro momento, e dependendo da circunstância, observar o desajuste no inicio para corrigi-lo, fornecendo apoio em todo os momentos.

A busca constante pela fama é algo que se torna cada vez mais comum na nossa sociedade. Pessoas passando em frente às câmeras nuas, alta exposição de imagens, vídeos na internet, enfim, são inúmeras as formas utilizadas para se aparecer.

Esta obsessão pela fama em determinado ponto pode ser considerada uma patologia. Segundo a psicóloga do Centro Universitário de Maringá-PR, Edilaine Zamberlan Serra, representa uma forma de mania, “a pessoa se torna maníaca por alguma coisa, tenta obter de qualquer jeito”.
Isto faz com que as pessoas não consigam distinguir quando estão sendo realmente aplaudidas, ou quando o público está ali apenas para rir, ou tirar sarro. Edilaine diz que isso é comum em quem tem essas manias. O fato da pessoa ‘se achar’ demais faz com que ela queira sempre estar no centro das atenções.

A doença não pode ser pré-diagnosticada sem antes saber do passado da pessoa. Afirma que não é apenas por carência afetiva que essas pessoas tem necessidade de estar no centro das atenções. “É preciso saber do passado dela, se teve algum trauma ou não”, finaliza a psicologa.
O psicanalista Renato Mezan, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, professor titular da Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP acredita que o turbilhão de pessoas com obsessão pela fama que invadem as televisões reflete um mundo que supervaloriza a imagem, onde “todos querem ser admirados e a fama é uma forma vazia de conseguir atenção", conclui.


(por Marcelo Marson)
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No Holofote da Fama


A fama é algo que pessoas perseguem ao longo da história da humanidade. Essa síndrome da busca desenfreada pela fama faz com que o individuo perca sua própria identidade revela a professora de artes cênicas da USP.Muitas pessoas têm buscado o teatro e o cinema como vitrine para o sucesso, com intuito de serem chamadas por produtores para fazerem novelas ou filmes. Na esperança de se tornarem uma celebridade. O produtor de cinema Eliseu de Souza Lopes Filho, e Andréa Helena Porolari Fernandes, professora de artes cênicas da USP, ambos contam sobre o profissional e o amador e dizem que: ”Não basta querer ser famoso o talento é a base para o sucesso incontestável”.

Atualmente os produtores procuram quem já é conhecido na mídia para trazer ao palco do teatro. Como atores globais, ex-BBB, com isso o público não vai assistir a arte inserida nos palcos, mas sim, ver de perto seu ídolo, e no final do espetáculo poder conversar com seu artista favorito. ”As pessoas deixam passar por despercebido, os bons artistas que não são famosos, a tendência do público é ter aversão e dificuldade de ver aquilo como arte por causa do não reconhecimento do ator, quando algo foge do obvio temos certa resistência de aceitação,desde então existe exceções, muitas pessoas buscam o teatro, pois gostam e admiram a arte e algumas querem simplesmente levar o trabalho para a sociedade sem nenhuma pretensão de aparecer se tornar uma estrela” afirma Andréa Porolari (USP).


O Brasil tem a fama imediata e rápida, o melhor veiculo de comunicação que proporciona isso é a televisão. ”Quem busca a fama, está disposto a tudo, desde aparecer na entrevista do globo até participar do programa do Silvio Santos, já no cinema, para ser famoso não basta ter os quinze minutos de fama. Na internet, como o caso da Geyse a garota da Uniban.No cinema o talento é imprescindível. O filme Cidade de Deus, foi um grande sucesso, com atores na maioria desconhecidos, e da própria comunidade, que mostraram um grande talento e personalidade,e após o filme conseguiram novos trabalhos na mídia.



Outro artista que foi lançado na mídia e na época ainda era criança e desconhecido foi Fernando Ramos da Silva, protagonista do filme Pixote- A lei do mais fraco. O garoto ganhou notoriedade, por meio de um talento excepcional. Em geral no Brasil é comum ver crianças serem lançadas pelo cinema brasileiro, devido ao fato de que o Brasil não tem atores infantis, com isso eles ganham maior visibilidade” diz Eliseu Filho.

Já no cinema americano de modo geral é baseado nas estrelas, os diretores não tem vez, mesmo sendo os responsáveis pelo sucesso, quem tem maior destaque é o personagem protagonista do filme, que é sempre uma celebridade. Devido à grande quantidade de filmes exibidos em Hollywood e o investimento da indústria cinematográfica ser intenso, a probabilidade de lançar um amador e o tornar famoso são maiores em comparação ao Brasil, ressalta Eliseu (produtor de cinema).



(por Janaína Luna)
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E Se Fosse Você


Foi registrado no programa “Pânico na TV” da emissora Redetv, a melhor audiência registrada até agora no ano, fazendo o programa ficar no primeiro lugar, na frente da rede Globo e Record. Atingindo em média 12 pontos de audiência, o programa exibia no horário entre 23h16m o último capítulo do bloco “Gorete quer ser Gisele”, onde uma transformação física estava sendo acompanhada com a intenção de que a moça se tornasse parecida com a famosa modelo Gisele Bunchen.



A transformação foi um sucesso! Mas será que ela ficou mesmo parecida com a modelo?
Há quem diga que ela ficou a cara da apresentadora Márcia Goldsmith, onde montagens de comparação rolavam soltas na internet logo após a exibição do programa!

“Antes ela ficasse do jeito que está! Ela realmente está muito parecida com a Márcia Goldsmith, e francamente...ninguém merece ser a cara dela!”

“A transformação foi perfeita! Ela se tornou outra mulher! Muito linda mesmo! Pena que perdeu o emprego, mas com a nova aparência ela consegue outro serviço num piscar de olhos! Parabéns ao pessoal do Pânico, muito lindo o que vocês fizeram pela gorete! Parabéns mesmo!”
Elaine Cristina Loreno do Prado Bueno – São Paulo (São Paulo)

“A transformação da Gorete foi maravilhosa!Ela ficou linda! O pessoal do programa deveria ter mais essas iniciativas como a da Sabrina Sato, a Gorete ficou linda, eu sou louca por uma transformação, beijos”.
Clarice Lima de Oliveira – Salvador (Bahia)
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Lentes Indiscretas

O tema desta edição foi o esporte. Conhecemos o lado da imprensa que mostram nas revistas. E por trás das câmeras, como é este ângulo?
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WebJanela para a Fama


O Brasil lidera o número de acesso a internet e adeptos aos sites e redes de relacionamento. A web, cada vez mais, é usada como plataforma para marketing pessoal e oportunidade de se tornar reconhecido.
Uma pesquisa apontou que o tempo médio de permanência por internauta a cada acesso ao Orkut é de 15,7 minutos.

No Fotolog é de 5,4 minutos e no Facebook é de 4,8 minutos. Em média, os brasileiros visitam o Orkut 24,5 vezes ao mês, enquanto no Fotolog a quantidade de visitas fica em 3,6 vezes e o Twitter recebe 3,4 visitas mensais, em média. Sonico e Facebook recebem, respectivamente, 3,3 e 2,5 visitas mensais por internauta no Brasil.

Em 2007 a Mariana de Souza Alves Lima, 27 anos, teve um idéia de criar um fotolog, ela postava fotos com amigos desconhecidos do público. A página de MariMoon (nome inspirado no desenho japonês Sailor Moon) teve grande repercussão entre os internautas. A jovem de cabelo colorido e roupas extravagantes, uma mistura de pinup e harajuku logo fez sucesso na rede.


Suas fotos sensuais e casuais rederam campanhas publicitárias, eventos, revistas, e atualmente a jovem é apresentadora do programa Scrap MTV. No ano passado um vídeo que bombou na internet foi do menino David voltando do dentista ainda sob efeito de anestésico.

O vídeo rendeu 100 mil reais para os pais do menino. Segundo o professor da USP, Antônio Bicarato há um filtro natural na rede para detectar uma qualidade ou atributo em alguns comunicadores que não é identificado em outros.

A grande questão das redes sociais são a necessidades de comentar determinado fato, ter voz, mas até onde é válida essa exposição? No momento de colocar o material na internet devemos pensar se fere a moral, essa questão do público e privado.

Poderar se tem o direito de publicar algo que viu ou não. É um debate que deve ser pensado, avaliado essa divisão de público e privado como se expõe premeditadamente como você lida com essa situação isso é muito interessante.


(por Ana Marta Machado)
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Espaço Urbano na Virada Cultural


O Espaço Urbano acompanhou às 24 horas da Virada Cultural que aconteceu nos dias 15 e 16 de maio em São Paulo. O evento promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, ocorre desde 2005 com vários shows ao ar livre.

O principal objetivo da Virada Cultural é proporcionar gratuitamente cultura e arte para os paulistas, reunindo shows de artistas reconhecidos em todo o país a manifestações populares e espetáculos de arte de cada região.

A Virada Cultural que começou às 18h do sábado (15) e terminou às 18h do domingo (16), teve segundo a Prefeitura de São Paulo aproximadamente 4 milhões de pessoas. O evento proporcionou ao público várias diversidades como shows de músicas (nacional, internacional, samba, rock, reggae), espetáculos como teatro, artes circenses e muito mais espalhados por toda a cidade.

A cada ano a Virada Cultural inova e traz coisas diferentes dos anos anteriores. Um exemplo disso foi tatuadores realizando o trabalho dentro de um espaço de vidro, para que todos pudessem ver, o grupo francês “lloptipie-les Pigmnentés” fazendo performance na Praça Ramos de Azevedo, no Vale do Anhangabaú, trapézios fazendo manobras circenses elevados por um guindaste, Índios pelas esquinas com suas músicas tradicionais, a banda Os Destrambelhados, de São Luiz do Piratininga e o grupo Catalão Sarruga no Vale do Anhangabaú com insetos gigantes passando acima de nossas cabeças. Algo que podemos chamar de inusitado.

Para evitar aglomeração de público, os organizadores do evento planejaram colocar as atrações um pouco mais distantes umas das outras em diferentes pontos do Centro. Atitude que para alguns foi positivo, pois além de disseminar a população, evitou a violência em si e contribuiu para ter mais atrações. Apesar disso, o lixo e bagunça, infelizmente, fizeram parte da festa. Desde as 18hs do sábado, as pessoas já se animavam em comprar bebidas e consumí-las enquanto curtiam as atrações do centro.

Às 9hs, aproximadamente, já não era possível olhar para o asfalto sem enxergar garrafas, copos descartáveis, embalagens de comida e outros descartes. Os lixos públicos já não davam conta e muitas vezes, encontrávamos cestos já lotados e caídos no chão. Além disso, os moradores de rua e frequentadores da Cracolândia não pararam suas atividades, apesar de no evento estarem famílias presentes. Está aí um ponto onde a Organização da Virada Cultural pode sim melhorar para o próximo ano.

Problemas à parte, o que vale sempre é a participação de todos em prol da cultura em sociedade.

(da Redação)
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Visibilidade dentro do Esporte

Todos já ouviram falar de taekwondo, uma arte marcial de origem coreana que ensina a defesa pessoal e diversos tipos de ataques sem armas. Mas poucos já ouviram falar da festa de gala de taekwondo, ou até mesmo a miss taekwondo. Dentro de um esporte que parece tão comum e simples, existem muitas oportunidades de nascerem grandes estrelas que, apesar de pouco conhecidas pelo público em geral, têm seu próprio reconhecimento e incentivo dentro do esporte.
Exemplo dessa fama é a Stephanie Morales, uma menina que com apenas 17 anos é campeã nacional de taekwondo e representante oficial do país em competições internacionais. Ela lida todos os dias com a pressão de todos ao seu redor quando se trata de treinar e vencer. O reconhecimento através de suas conquistas são apenas conseqüência. Mas nem por isso ela leva uma vida perfeita.
Com grande exposição de sua imagem na mídia, Stephanie ainda tem de lidar com suas dificuldades para se expor ao público.
Quem defende e representa a imagem de Stephanie em suas dificuldades para com o público, é seu atual mestre Carlos A. Negrão, mais conhecido como mestre Negrão, dono de uma das maiores academias de taekwondo do Brasil, onde treinam os mais conhecidos campeões nacionais e seus respectivos técnicos.


Um grande talento estava prestes a ser revelado no dia seis de agosto de 2000, quando Stephanie Morales, com apenas sete anos, decidiu que iria sair do seu cursinho de ballet e ir para uma academia de taekwondo ao lado, onde só tinham meninos prontos para brigar e se defender. “Eu fazia ballet porque minha mãe queria, ela achava que era algo muito feminino e delicado e que seria bom pra mim. Eu também gostava de fazer, e fiquei triste quando um certo dia a escola fechou. Então eu decidi ir para uma academia de taekwondo, e logo na primeira aula eu me apaixonei. Percebi que era ali que eu realmente queria ficar”.
Quem iria adivinhar que, anos mais tarde, com muita dedicação e delicadeza aquela menina pequena e aparentemente sem expectativas, iria se tornar a campeã nacional e representar o país em campeonatos aleatórios no mundo todo? “desde pequena ia às competições para assistir e sempre que podia eu lutava, e depois que comecei, não parei mais. Fui de campeonatos regionais, brasileiros e hoje em dia internacionais”.
Pois não é que ela realmente conseguiu surpreender a todos.
Melhor atleta júnior feminina 2000 e 2001, e melhor atleta revelação em 2007 (alguns dos prêmios concedidos pela federação brasileira de taekwondo), hoje a atleta é mais que uma verdadeira campeã! Stephanie se tornou um ícone dentro do esporte! Hoje não há quem não tenha ouvido falar dessa atleta pelo menos uma vez ou desejou ser como ela.
A esportista ganhou fama e reconhecimento tão depressa que não foi difícil arrumar logo um patrocinador que se interessasse em investir ainda mais em seu talento. Seu primeiro patrocinador foi o Banco Cruzeiro do Sul, pouco antes dela vir a ser campeã nacional, o que lhe ajudou muito, pois só assim ela conseguiu viajar para o exterior e bancar seus equipamentos nada econômicos.
Quem vê dessa forma, acha que ela é a garota do esporte mais sortuda do país e que nada mais lhe falta. Mas a verdade não é bem essa. Graças a todas as suas vitórias nacionais e internacionais, sua imagem acaba sendo exposta muito mais do que ela gostaria. E a cobrança, junto com a pressão, acabam se tornando ainda maiores por conta disso.
Apesar disso, a pequena atleta ainda não se acostumou com essa fama repentina adquirida através de suas lutas. Considerando-se extremamente tímida, a ponto de não conseguir responder as entrevistas com naturalidade, ela não vê razão para tanto “estardalhaço”, como ela mesma diz. “Eu sou uma competidora, não uma estrela de cinema. Faço isso porque gosto de competir e me esforçar, não para as pessoas gostarem de mim ou pedirem meu autógrafo por aí”.
Ela prefere ser reconhecida exclusivamente pelo seu talento no tatame, . “As vezes as meninas mais novas do taekwondo pedem meu autógrafo ou querem sentar perto de mim e pedem dicas sobre as lutas. As mães dessas meninas pedem pra tirar foto comigo. Eu fico com vergonha porque sou tímida, mas já estou me acostumando com isso e aprendendo a gostar. Elas querem lutar como eu e isso sim, me deixa orgulhosa. Considero isso até como um incentivo a parte pra mim porque sei que eles admiram meu desempenho, o que significa que eu sou boa e sempre tenho que me esforçar pra melhorar.”.
Ela também critica as pessoas que veem o taekwondo como uma forma de obter fama ou de viajar de graça. “Não é pra isso que nós competidores nos esforçamos. Nosso esforço é pela vitória em si, e não por um reconhecimento que pode se perder logo em seguida. Eu não gosto quando vejo minha foto por aí em algum site ou revista que não esteja falando de taekwondo. Acho isso até ofensivo porque parece que só estou querendo aparecer”.
Stephanie é sincera consigo mesma a todo momento. A fama para si veio involuntária. E ela ainda está aprendendo a lidar e a gostar disso. Ela não nega que, desde o primeiro momento, na sua infância, já sonhava bem longe com campeonatos internacionais e prêmios valiosos. Graças ao seu esforço, ela obteve isso. Mas nunca pensando em fama sobre sua imagem, ou de se aproveitar disso. Suas ambições são extremamente profissionais e ela afirma: “As pessoas vão ouvir muito sobre mim, ainda.”.
É, essa menina vai longe.
Carlos A. Negrão (ou mestre Negrão, como é mais conhecido) é 5° dan da faixa-preta de taekwondo e dono de uma das maiores academia do Brasil, o centro de treinamento Baby Barioni, onde além da Stephanie, hoje treinam os maiores campeões do país. Campeão e técnico de campeões, está acostumado a lidar com a exposição de sua imagem na mídia e defende que Stephanie ainda irá se acostumar com isso, também. “Ela ainda está no começo. Se ela se acha cobrada e exposta hoje, ela vai ver realmente o que é cobrança e exposição quando se tornar uma campeã mundial. Eu acredito muito no potencial dessa menina, sei que ela consegue se defender sozinha em uma luta, então, nas dificuldades da vida, ela tira de letra. Essa menina tem um futuro brilhante e ela também sabe disso. Tudo o que vier, é conseqüência do esforço e suor dela”.
Outro exemplo de reconhecimento é o irmão mais velho da Stephanie, Tanderson Danilo.
Inspirado pela própria irmã, também começou a praticar taekwondo desde muito jovem. No entanto, desde o início, ele preferiu seguir um outro caminho. Enquanto sua irmã desde cedo se dedicou a horas intensas de treino para competições, ele queria mesmo é aprender a filosofia dessa arte marcial. Queria ouvir seu mestre e aprender tudo o que lhe tinha direito sobre os treinamentos.
Infelizmente, a academia onde ele treinava fechou as portas, fazendo com que ele deixasse de treinar e acompanhar a filosofia de que tanto gostava.
Mas isso não foi o suficiente para impedir sua grande vontade de continuar a praticar taekwondo. Ele então resolveu montar sua própria academia, a “Academia de taekwondo: irmãos Milesi”, na zona leste de São Paulo, onde ele pôde não só continuar a seguir sua filosofia como a passar isso adiante. E isso sim, diz ele, era o que ele sempre quis.
“Nunca quis que isso parasse em mim. Meu mestre me ensinou muitas coisas, não só sobre taekwondo, mas sobre a vida em si. Não achei que seria justo deixar isso parado ou guardado só pra mim. Por isso eu resolvi abrir uma academia própria e ensinar isso aos meus próprios alunos, Não há nada mais gratificante”. Sua academia tem cerca de dois anos e mais alunos vem surgindo a cada dia. Com treinos diários, ele tem a chance de passar seus ensinamentos e conhecer as ambições e sonhos de cada um.
Sendo irmão da campeã nacional, é comum que seus alunos acabem sendo inspirados por isso. “Eles admiram a minha irmã como se ela fosse realmente uma artista famosa. Quase idolatram ela, querem muito ser como ela. Acham que é fácil, que é só praticar um pouco e conseguem a mesma coisa”.
Tanderson sabe que não é assim. Sua irmã se esforçou e batalhou muito para conseguir chegar onde está, e ela nunca fez isso apenas para ser alguém famosa ou ser admirada dessa forma, e isso sim ele quer mostrar para seus alunos.
“Dentre os diversos alunos pode-se identificar diversas personalidades. Há aqueles que vem até mim e querem dicas, instruções mais detalhadas, indicações de vídeos, técnicas mais avançadas, etc. São esses os que com certeza tem em mente um dia se tornarem professores. Talvez abrir uma academia como eu, quando se formarem. Por outro lado há alunos que buscam ensinamentos de maneira mais restrita para lutar, técnicas, métodos, aparelhos, querem marcar aulas especificas para competições e, nesse caso, são esses os que vão buscar no esporte uma forma de serem reconhecidos. Nas ruas, na mídia, são esses os que querem mais especificamente serem famosos com o taekwondo”.
Tanderson incentiva a admiração que eles tem por sua irmã, e apoia isso, desde que seja algo verdadeiro e positivo para o esporte.
“Muitos deles, em especial os que almejam participar de competições veem a Stephanie como um ícone, pois pretendem conseguir bons resultados e posteriormente um patrocinador. Estes falam seriamente em se dedicar para participar de uma olimpíada, e isso me deixa muito orgulhoso e satisfeito, pois eu vejo que eles não querem algo banal como simplesmente a fama, querem realmente batalhar através de seus esforços. Não adiantaria, por exemplo, um deles querer abrir uma academia ou se tornar instrutor em algum outro lugar se ele não encarar isso como um objetivo de verdade, se não gostar realmente do que faz. Ensinar requer mais do que só ser faixa preta ou ser famoso, requer ter paciência, ser rígido nos momentos em que é preciso. Não se pode ensinar, agindo eternamente como um aluno”.
O professor Tanderson vê a fama de forma singular. Ele nunca desejou nem deseja a fama através de sua imagem, personalidade ou dinheiro. Ele apenas quer ser reconhecido por transmitir os ensinamentos do taekwondo. “É muito gratificante ser reconhecido na rua, pois, mesmo os alunos que por algum motivo precisarem interromperam seus treinamentos, ainda me vêem na rua e demonstram respeito, me chamando de Kyosanim (“professor”, em coreano). Os pais dos alunos me cumprimentam pois me reconhecem de alguma apresentação nas festas do bairro. Eu fico feliz pois sou reconhecido pelas coisas boas que eu fiz e sou recebido com um sorriso por isso. Isso sim, eu considero ser o reconhecimento positivo”.


(por Fernanda Sakami)
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EntreviStato: José Armando Vanucci



Falar sobre televisão não é tão simples como parece, este modo de fazer jornalismo requer alguns cuidados para não cair no lugar comum. Uma questão polêmica que sempre surge é a diferença entre crítica e fofoca? Para o jornalista José Armando Vannucci, 41, o que diferencia essas duas questões é o modo de transmitir a informação. Assuntos como Chaves, Silvio Santos, IBOPE também são comentados nesta entrevista exclusiva.








Revista Stato: Qual limite entre fofoca e notícia?

José Armando Vannucci: A palavra fofoca é tratada de forma pejorativa, mas quando é bem contada ela é válida. Existe um público que gosta desse tipo de jornalismo. Normalmente, quem conta a fofoca não tem muita responsabilidade, a informação não é checada. De uma fofoquinha pode nascer uma grande notícia. Na Rádio Jovem Pan eu costumo falar muito mais dos bastidores da televisão e das estratégias de marketing das emissoras do que da vida pessoal dos artistas.

Revista Stato: Então o importante é o modo de contar?

José Armando Vannucci: Sim, o modo de contar é importante, eu não me sentiria bem falando de uma maneira inconsequente. Sou jornalista e lido com informações. As pessoas querem saber de novela, dos bastidores dos programas, das entrevistas, mas tudo isso eu tenho que fazer de uma forma digna, valorizando o que eu faço e sempre levando credibilidade.

Revista Stato: A televisão está criando mais artistas ou mais famosos?

José Armando Vannucci: Mais famosos. A televisão precisa da fama das celebridades, ela precisa desse holofote para brilhar. O telespectador gosta de ver gente famosa, gosta deste glamour. Isso não é ruim, é uma linguagem, uma característica da televisão. Em Hollywood é assim, pessoas que são mais famosas do que artistas, e no Brasil isso ocorre na televisão.

Revista Stato: O IBOPE é o grande vilão da televisão?

José Armando Vannucci: O IBOPE tem seu lado vilão, sim. A medição da audiência minuto a minuto reflete o que acontece naquele momento, mas não mostra necessariamente o gosto de quem está assistindo. O medo de perder audiência e ter que conquistar números faz com que alguns programas se esqueçam da qualidade. O correto seria avaliar o resultado do IBOPE no outro dia, para uma melhor avaliação dos erros e acertos.

Revista Stato: O que você acha dos Reality Shows?

José Armando Vannucci: Reality show veio pra ficar, e se o programa for bem feito e tiver conteúdo eu gosto. Os melhores programas deste gênero são os que juntam informação e entretenimento. O “Profissão Repórter” é um informativo muito bem feito, e também é um reality, pois tem uma conversa real que mostra como é feita uma reportagem. Agora, a Globo tem o Big Brother Brasil, em três meses ele fatura mais que a Rede TV em um ano, por isso, dificilmente a emissora carioca vai tirá-lo do ar. É um programa que eu só assisto profissionalmente, pois tenho que comentar, e nessa hora eu deixo meu gosto pessoal de lado. Outro reality show que eu gosto é o “Supernanny”, ele tem uma linguagem legal.

Revista Stato: Existe uma fórmula para um programa de televisão dar certo?
José Armando Vannucci: Acho que fórmula para dar certo não existe. Uma novela, por exemplo, tem recurso, foi baseada em pesquisas, tem os melhores atores e mesmo assim pode não pegar. Outro dia o Gugu lançou um quadro novo (Gugu bate à sua porta) em seu programa, gastou mais de um milhão de reais e mesmo assim não funcionou. O que funciona mesmo é a emoção, não aquela emoção ruim do sentimento, e sim a emoção que toca o telespectador.
Revista Stato: Por que desenhos como Pica-Pau e seriados como Chaves até hoje dá audiência?

José Armando Vannucci: Porque é um clássico, todo mundo vê, seu pai assistia, você assiste. Ninguém chega em casa e começa assistir uma novela pela metade, já um seriado é mais fácil isso acontecer. As emissoras usam alguns programas como trunfo, qualquer horário que é colocado dá audiência.
Revista Stato: Os apresentadores de telejornais estão mais soltos no ar?
José Armando Vannucci: É uma necessidade da televisão. Hoje em dia tudo está mais solto e conversado, as pessoas cansaram daquele formato engessado. Antigamente não podia ter opinião, rir, e muito menos se emocionar. Nos dias de hoje, todo mundo tem informação, e o que realmente o público deseja saber é a opinião do apresentador, qual a sua visão sobre o fato. O Globo Esporte atualmente é um grande exemplo dessa mudança na televisão, eu não gosto de esporte e mesmo assim assisto por causa do Tiago Leifert. Ler a notícia é fácil, basta ter uma boa voz, agora, conversar, se comunicar e agir de acordo com a emoção é muito difícil.


Revista Stato: Já que estamos falando de apresentadores, o Silvio Santos ainda é o grande gênio da televisão?

José Armando Vannucci: Não sei se ele é gênio, mas é o maior comunicador vivo do país. Silvio Santos e Hebe Camargo são os últimos apresentadores da era dos comunicadores, são daqueles que o próprio apresentador se basta, o programa não precisa ter atração, tanto o Silvio, quanto a Hebe seguram a audiência apenas com o auditório. O Faustão e o Gugu já não conseguem segurar um programa sozinho, precisam de convidados. Silvio Santos no palco para mim é nota doze.


(por Marcio Torvano)
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Buscando a Fama no Mundo da Música

Quem não sonha em ter 15 minutos de fama, aparecer na TV divulgando seu trabalho e ser reconhecido mundialmente? Esse caminho na maioria das vezes é árduo, difícil e muitas vezes impossível de acontecer. Mas sempre há pessoas capazes de seguir com suor e luta para chegar ao tão esperado reconhecimento. O grupo de pagode Nossa Onda e a banda de Pop Rock, Kbyte, são exemplos dessa jornada.

Kbyte é formado por quatro jovens: Julies (vocal), K-Doo (guitarra), Ruan (baixo), Caíque (bateria). A banda com estilo pop rock que se formou motivada pela nova geração musical no Brasil, está na estrada desde 2008 tocando em diversas baladas e festivais.

Para o vocalista Julies, o mercado está aberto para receber todos os tipos de bandas “Apareceram muitas bandas só no final de 2009 e começo de 2010, como Hevo 84, Restart, Replace, Cine, Hori. Em menos de um ano apareceram mais bandas que de 2006 até 2009 onde o cenário se baseava só a NX Zero e Fresno como bandas novas, eles foram os precursores desses aparecimentos, e quanto mais o mercado estiver aquecido, melhor para quem já tem uma formação de banda”.

O Grupo de pagode Nossa Onda, formada por Binho (percussão), Du (voz), Marcelinho (voz e Percussão), Tom (Percussão), Ricardo (Cavaco), nasceu de uma brincadeira que acontecia aos domingos para reunir os amigos no Bairro do Limão. “Cerca de 250 pessoas nos acompanhavam fielmente todos os domingos, foi assim nosso começo”, diz o vocalista Du.

A 1º oportunidade de gravar veio em 2004, uma produção independente que ficou a cargo do Pezinho, conceituado compositor e que começava ali sua caminhada como Produtor. Em novembro de 2007, o Grupo lançou seu 1º trabalho com a gravadora Zâmbia Fonográfica. Pra Gente Ficar Numa Boa, deu o nome ao CD e foi à música carro chefe de divulgação, alcançando os primeiros lugares entre as mais pedidas nas FM´s de São Paulo, motivo de muita alegria para o Grupo. Segundo Binho “a produção deste trabalho ficou com Bira Haway, um dos maiores produtores do Brasil que abrilhantou ainda mais nosso trabalho”. Hoje o grupo Nossa Onda viaja por todo Brasil e suas músicas tocam em todas as rádios do país.

Infelizmente hoje ainda existem pessoas com uma visão preconceituosa referente a quem tem um sonho de formar uma banda. Para muitos esse fator é considerado “modinha”. Segundo Caíque, o baterista do Kbyte, “o surgimento de várias bandas em menos de um ano facilitou a entrada de outras no mundo fonográfico, porque viram que dá para fazer acontecer”.

Para Arthur Joly, músico, produtor e fundador da gravadora Reco-Head Records, a facilidade de se tornar reconhecido hoje se deu graças à internet que é uma porta de entrada como myspace, facebook, twitter, sites de relacionamento em geral, o que garante expor músicas facilmente. “Antigamente você dependia de uma extrutura baseada somente nos rádios e gravadoras e das indústrias fonográficas, moldes que até um tempo atrás era restrito.Hoje é mais fácil tentar ser famoso, mais isso não quer dizer que seja mais fácil ser um, pois é preciso fazer com que seu trabalho, sua figura qualquer coisa seja assistida e ouvida por muita gente independente de qualquer maneira”.

Márcio da Silva Barbosa, 42 anos, é produtor musical da Leci Brandão, Jorge Aragão e Grupo Quesito Melodia, já trabalhou com Arlindo Cruz e Sombrinha, Revelação e outros. Sua preferência é de trabalhar com artistas que já são famosos ,” a estrutura é bem melhor, você chega para o show e já tem camarim e som montado, fica tudo mais fácil. O artista que não é famoso é muito mais humilde, ele chega, cumprimenta todos e toca de tudo, ele quer aparecer. O famoso não, ele já tem nome, atende poucos fãs e toca poucas músicas”.

Segundo Márcio trabalhar com quem não é famoso tem um lado complicado, pois ele procura espaço no meio artístico. Pois o artista precisa participar de programas de rádio e de televisão, fazer o nome dele. Em todo começo de carreira, o que mais tem são shows em locais pequenos e desconhecidos. “Para chegar ao auge, o artista tem que construir sua carreira tijolo por tijolo. Isso pode demorar anos. Geralmente o produtor cresce junto com o artista e quando a fama chega o cantor leva com ele quem sempre o ajudou” finaliza Márcio.

Muitas vezes o fato de se ter banda pode fazer com que muitas pessoas se iludam com esse mundo novo com tantas modificações. Para o Ruan, baixista da banda Kbyte, são coisas que acontecem com todos. “A busca pela fama é muito difícil sim, ilude muito a meninada que está começando, já passamos por isso. No começo é só mar de rosas, você fala tenho uma banda e num sei o que, ai se você não era ninguém, você passa a ser reconhecido no colégio, as meninas vêm mais fácil, ai com alguns meses de banda a galera já pergunta se vai lançar CD. Já vimos muita gente falar que ia lançar o CD, que estavam conversando com gravadoras e isso nos primeiros meses de banda, só para impressionar os amigos e as meninas que querendo ou não ficam sempre em cima. Você acaba vivendo uma mentira tão bem contada, que passa a acreditar nessa "nova realidade", tem que ter cabeça pra se manter se não você começa um nada e termina um nada”.

Hoje muitas pessoas não conseguem se manter na mídia, por pensarem que são reconhecidas jamais sairão desse meio. Para Arthur Joly não é bem assim: “A fama é uma consequência, não é um objetivo, é conquistada ao longo do tempo e hoje talvez os artistas que se encontram nesse caminho, tenham a melhor ferramenta e a melhor oportunidade de fazer isso acontecer devagar. Tem que ir aos poucos e se conseguir fazer uma carreira com os pés no chão, aí sim, será um artista famoso que vai durar anos, agora aquele que aparece de um dia para outro, uma música explode e ele se acha o rei pode ter a certeza que essa carreira está escalada para o fracasso”.

O guitarrista, K-Doo, deixa um recado para quem quer seguir essa carreira. “Para montar uma banda não tem erro, é juntar um bateria, baixo, guitarra e vocal. Mas se quiser fazer uma coisa bem feita e quiser viver disso, o caminho é longo. Tem que ensaiar muito, e o principal, se dedicar, fazer acontecer, tem que ter uma química entre a banda toda, todos têm que ter vontade de fazer acontecer, se um não estiver botando muita fé, esquece. Ou é todo mundo, ou não é ninguém. E o segundo passo é investir, não tem como sair da garagem sem investir em gravação, equipamentos, roupas. Não existe isso de gravadora ligar e perguntar se quer fechar contrato, isso é imaginação. Tem que investir mesmo, guardar o dinheiro do lanche pra pagar estúdio, virar a noite compondo, horas de ensaio para uma música. É difícil, mas é muito gostoso e recompensador pisar no palco e vê seu trabalho sendo reconhecido, ver aquela galera cantando seu som, não tem preço”.

A diferença hoje de ser reconhecido, vai muito além de ter talento e força de vontade, o que irá se tornar o diferencial é a possibilidade de expor ao grande público “Podemos ser famosos no mundo inteiro partindo do myspace e de um dia para outro cair nas graças de sair em um blog ou em um programa de TV, isso hoje em dia pode acontecer a qualquer momento. O artista tem que saber a facilidade que a internet pode trazer para sua carreira, como atingir o público, tem que saber o que acontece, porque hoje em dia a mídia não existe mais, pois ninguêm mais compra um CD, as pessoas ouvem as músicas que curtem nos Ipods, Internet e vão enjuar rápido dessa música, então tem que ser muito esperto e rápido para colher aquele consumidor naquele momento” conclui Arthur Joly.


(por Talita Santos)


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